No mundo da indústria, assim como na vida cotidiana, é comum encontrarmos conceitos e práticas que, embora amplamente aceitos, muitas vezes são baseados em falsas premissas.
Nesta semana foi "comemorado" o Dia da Mentira. A tradição que surgiu na França no séc. XVI pode até trazer algumas mentiras bobas e inofensivas. Mas, na indústria, outras podem custar caro.
Vamos explorar três mentiras que frequentemente são ouvidas na indústria e como desvendá-las pode abrir caminho para um futuro mais eficiente e lucrativo para as empresas.
1) Não unir os setores é mais produtivo
Uma das grandes mentiras que ainda persiste no mundo da indústria é a crença de que manter os setores separados é mais produtivo. Muitas empresas operam com uma divisão clara entre os departamentos, como se fossem entidades independentes. No entanto, estudos mostram que a integração dessas áreas pode aumentar significativamente a eficiência e a lucratividade.
Ao unir os setores, é possível criar um fluxo de trabalho mais fluido e colaborativo. A troca de informações permite uma melhor compreensão das necessidades do mercado e uma resposta mais ágil às demandas dos clientes. Além disso, a integração facilita a identificação de oportunidades de melhoria e a implementação de soluções inovadoras em toda a cadeia produtiva.
2) "Apagar incêndio" é normal
Outra mentira comum é a ideia de que lidar constantemente com imprevistos é parte natural do dia a dia na indústria. E mais: que demandas de última hora são boas, afinal, é mais dinheiro entrando. Mas será que é mesmo?
Muitas empresas acabam se acostumando a resolver problemas de última hora, como pedidos urgentes ou falhas na produção, sem perceber o impacto negativo que isso tem em seus resultados financeiros.
No entanto, é importante reconhecer que o constante "apagar incêndio" pode levar a uma deterioração da eficiência operacional e a custos adicionais desnecessários.
Em vez de reagir a problemas emergenciais, as empresas devem investir em estratégias proativas, como previsão de demanda, planejamento integrado e gestão eficiente dos recursos. Dessa forma, é possível minimizar a ocorrência de imprevistos e manter as operações sob controle.
3) O mapeamento de dados da empresa é completo e assertivo
Muitas empresas acreditam que possuem um mapeamento completo de seus dados operacionais, quando na verdade estão apenas arranhando a superfície. Embora possam acompanhar o tempo de trabalho dos funcionários ou registrar os números de produção, é comum que aspectos importantes sejam deixados de lado.
Um mapeamento abrangente de dados vai além do básico, considerando variáveis como tempo de inatividade das máquinas, paradas não programadas e perdas de produção. Essas informações são essenciais para uma análise precisa da capacidade produtiva e para a identificação de gargalos no processo. Somente com um entendimento completo de todos os aspectos do negócio é possível tomar decisões informadas e maximizar a eficiência operacional.
Anota aí: ao unir os setores, planejar antecipadamente e garantir um mapeamento completo de dados, é possível alcançar níveis mais altos de eficiência, redução de custos e aumento da lucratividade.